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O escritor antigo Eusébio de Cesaréia, em algumas das suas citações de Mateus 28:19, citou a referida passagem da seguinte forma: "Portanto, ide, discipulai todos os gentios, em meu nome", e em outras a citou na seguinte forma: "Portanto, ide, discipulai todos os gentios, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Podemos ver isso no livro "Novum Testamentum Graece", de Nestle e Aland,vigésima quinta edição, no qual, em Mateus 28:19, consta uma variante textual, com o texto "em meu nome", em vez de "batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo", variante esta que ali é assinalada como "Eus pt", que significa "parte dos escritos de Eusébio".

Aprofundando o estudo sobre a matéria, verifiquei que Eusébio de Cesaréia, nos seus primeiros escritos, citou Mateus 28:19 por 17 vezes na forma que diz "em meu nome", e somente nos seus escritos mais recentes é que ele, por 5 vezes, citou o referido versículo na forma que diz "batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo", e verifiquei também que ele passou a usar o texto que diz "batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", somente depois do Concílio de Nicéia, no qual foi discutida a questão relativa à trindade, e o imperador romano Constantino decidiu a favor da doutrina da trindade, e decidiu que todos os que não acreditassem na doutrina da trindade, seriam considerados hereges, e seriam punidos, o que demonstra que o texto mais antigo do Evangelho segundo Mateus é aquele que era citado por Eusébio de Cesaréia antes do Concílio de Nicéia, no qual consta que Jesus Cristo disse: "Portanto, ide, discipulai todos os gentios em meu nome".Isto prova que realmente os católicos alteraram o texto do Evangelho segundo Mateus.

No Evangelho segundo Mateus em hebraico de Shem Tov, os versículos Mateus 28:19-20 constam da seguinte forma:

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Mateus 28.19-20:

“IDE VÓS, E ENSINAI-OS A PRATICAR TODAS AS COISAS QUE EU VOS ORDENEI PARA SEMPRE.”.

Isto mostra que o texto autêntico de Mateus 28:19-20 é este que consta no Evangelho segundo Mateus em hebraico de Shem Tov, e não o que consta no texto grego do Evangelho segundo Mateus que é usado pelos católicos.Restaurei o texto autêntico do Evangelho Segundo Mateus, a partir das informações que constam nos escritos dos pais da igreja.

Para conhecimento:

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A data e o local exato do nascimento de Eusébio são incertos e pouco se sabe da sua juventude. Conheceu o presbítero Doroteu em Antioquia e, provavelmente recebeu dele instrução exegética. Em 296, estando na Palestina, viu Constatino I, que visitava essa província com Diocleciano. Estava em Cesaréia quando Agápio era, aí, bispo. Tornou-se amigo de Pânfilo, com quem teria estudado a Bíblia, com a ajuda da Hexapla de Orígines e de comentários compilados por Pânfilo, na tentativa de escrever uma versão crítica do Antigo Testamento.

Em 307, Pânfilio foi preso, mas Eusébio continuou o projeto que com ele tinha começado. O resultado foi uma apologia de Orígenes, terminada por Eusébio depois da morte de Pânfilo, que foi enviada aos mártires na minas de Phaeno, no Egito. Parece que, depois, se retirou para Tiro e, mais tarde para o Egito, onde sofreu, pela primeira vez, perseguição. A acusação de que obteve a sua liberdade sacrificando aos deuses pagãos parece ser infundada.

Voltamos a ouvir falar de Eusébio como Bispo de Cesaréia. Sucedeu a Agápio, não se sabe bem quando mas, de qualquer forma, terá sido pouco depois de 313. Pouco se sabe dos primeiros tempos do seu bispado. No entanto, com o início da controvérsia ariana, toma, subitamente um lugar de destaque. Ário pediu-lhe proteção. Por uma carta que Eusébio escreveu a Alexandre, é evidente que não negou refúgio ao presbítero exilado. Quando o Primeiro Concílio de Nicéia se reuniu, em 325, teve algum protagonismo. Nem era um líder nato, nem sequer um pensador profundo, mas como homem bastante instruído e autor famoso, caído nas graças do imperador, acabou por salientar-se entre os mais de 300 membros que reuniram no Concílio. Tomando uma posição moderada na controvérsia, apresentou o símbolo (credo) batismal de Cesaréia que acabou por se tornar a base do Credo Niceano. No final do Concílio, Eusébio subscreveu os seus decretos.

A controvérsia ariana continuou, não obstante a realização do Concílio. Eusébio manteve-se envolvido na questão. Por exemplo, entrou em disputa com Eustáquio de Antioquia, que se opunha à crescente aceitação das teorias de Orígenes e, em especial, por este ter praticado uma exegese alegórica das escrituras, o que interpretava como sendo a origem teológica do arianismo. Eusébio, admirador de Orígenes, foi repreendido por Eustáquio que o acusou de se afastar da fé de Niceia. Eusébio retorquiu, acusando Eustáquio de seguir ideias sabelianas. Eustáquio foi acusado, condenado e deposto num sínodo, em Antioquia. Grande parte do povo de Antioquia rebelou-se contra esta decisão eclesiástica, enquanto os anti-eustaquianos propunham Eusébio como novo Bispo. Ele recusou a oferta.

Depois de Eustáquio ter sido afastado, os Eusebianos viraram-se contra Atanásio de Alexandria, um oponente muito mais perigoso. Em 334, Atanásio foi intimado a comparecer frente a um sínodo em Cesaréia. Ele não compareceu. No ano seguinte, convocou-se outro sínodo em Tiro, presidido por Eusébio. Atanásio, prevendo o resultado, dirigiu-se a Constantinopla, onde apresentou a sua causa ao imperador. Constantino convocou os bispos para a sua corte, entre os quais, Eusébio. Atanásio foi condenado ao exílio no final de 335. Nesse mesmo sínodo, outro oponente era atacado com sucesso. Marcelo de Ancira há muito que lutava contra os Eusebianos, protestando contra a reabilitação de Ário. Acusado de sabelianismo, foi deposto em 336. Constantino morreu no ano seguinte. Eusébio não lhe sobreviveu mais tempo. Morreu (provavelmente em Cesaréia), em 340, o mais tardar, sendo provável que tenha morrido a 30 de Maio de 339.

Elaborado e postado por irmão Silvio Sampaio, a quem penhoradamente agradecemos a colaboração.

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