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CREDO QUIA ABSURDUM (?).

A doutrina da Trindade divide a Deidade em três Pessoas Divinas separadas e distintas: Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. O credo Atanasiano declara: 

"Há uma pessoa que é o Pai, outra que é o Filho, e outra que é o Espírito Santo. Mas a Deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é uma só; a Glória é igual, a Majestade co-eterna… O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. E, no entanto, eles não são três Deuses, mas um só Deus… Portanto, somos compelidos pela declaração cristã a reconhecer em cada pessoa ser ela Deus e Senhor, também somos proibidos pela religião católica de dizer que estes sejam três Deuses, três Senhores." 

Isto é obviamente uma auto-contradição. É o mesmo que dizer que um mais um, mais um são três, mas que são ao mesmo tempo um. Se existem três pessoas divinas separadas e distintas e cada urna delas é Deus, então é porque há três Deuses.

 A Igreja Cristã reconhece a impossibilidade de conciliar a crença em três seres Divinos, com a unicidade de Deus, e conseqüentemente declara que a doutrina da Trindade é um mistério, no qual a pessoa deve acreditar cegamente. Eis o que escreve o Reverendo J. F. De-Groot no seu livro "Catholic Teaching" (Ensinamento Católico): 

"A Mais Sagrada Trindade é um mistério no sentido mais estrito da palavra. A razão sozinha não pode provar a existência de um Deus Triuno, é a Revelação que o ensina. E mesmo depois que a existência do mistério nos foi revelada, permanece impossível para o intelecto humano entender como Três seres têm só uma única Natureza Divina.“ 

É bastante estranho que o próprio Jesus  jamais sequer mencionou a Trindade. Ele não  disse nada sobre existirem três Pessoas Divinas na Deidade. A concepção dele de Deus não era em nada diferente à dos profetas israelitas anteriores, que sempre haviam pregado a Unicidade e nunca a Trindade de Deus. Jesus não fez senão ecoar os profetas que o antecederam quando disse: 

"O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, é Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová; e tens de amar a Jeová teu Deus, e de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente, e de toda a tua força." (Marcos 13: 29 e 30). 

Ele acreditava em Um Ser Divino, Um Deus, como é evidente do ditado que segue: 

"É ao Senhor, teu Deus, que tens de adorar e é somente a Ele que tens de prestar serviço sagrado." (Mateus 4: 10). 

A doutrina da Trindade foi cunhada pelos “cristãos” cerca de trezentos anos depois de Jesus. Os quatro Evangelhos Canônicos, escritos entre os anos 70 e 115 da era Cristã, não contém qualquer referência à Trindade. Nem Paulo, que estabeleceu boa parte do Cristianismo sabia de qualquer coisa sobre o Deus Triuno. 

A New Catholic Enciclopedia (Nova Enciclopédia Católica), que ostenta o Nihil Obstat e o Imprimtur que indicam a aprovação oficial (da Igreja), admite que a doutrina da Trindade fosse desconhecida aos primeiros cristãos e de que ela foi formulada no final do quarto século. 

"É difícil, na segunda metade do século 20, oferecer uma narração clara, objetiva e honesta da revelação, da evolução doutrinária e da elaboração teológica do mistério da Trindade. O debate Trinitário, tanto pelos católico-romanos, como por outros, tem um delineamento algo incerto. Duas coisas aconteceram. Há o reconhecimento por parte dos exegetas e teólogos bíblicos, incluindo um número sempre crescente de católico-romanos, de que não se deve falar do Trinitarismo no Novo Testamento sem uma autenticação mais séria. Há também o reconhecimento bastante paralelo por parte dos historiadores do dogma e dos teólogos sistemáticos, de que quando se fala de um Trinitarismo não-corroborado, está-se transferindo o período das origens do Cristianismo para, digamos, o final do século quatro. Foi somente nesta época que aquilo a que poderíamos chamar de dogma Trinitário definitivo ‘’um Deus em três seres" foi assimilado decisivamente na vida e no pensamento cristão.

"Um pouco mais adiante a mesma Enciclopédia (página 299) diz ainda mais decididamente: 

"A formulação ‘’um Deus em três’’ não estava solidamente integrada à vida cristã e na sua profissão de fé antes do final do século 4. No entanto, é precisamente essa formulação que reivindicou o título de dogma Trinitário. Entre os padres apostólicos nada havia que sequer remotamente se aproximasse de tal pensamento ou perspectiva.

" Portanto, a doutrina da Trindade não foi ensinada por Jesus, não é encontrada em lugar algum da Bíblia (quer no Antigo quer no Novo Testamento), era completamente estranha ao pensamento e perspectiva dos primeiros cristãos; tendo-se tornado parte da fé cristã mais para o final do quarto século. 

Considerado também racionalmente, o dogma da Trindade é insustentável. Ele não é apenas algo além da razão, como é também repugnante a esta. Como dissemos antes, a crença nos três seres Divinos é incompatível com a unicidade de Deus. Se existem três seres distintos e separados, então devem existir três essências distintas e separadas, já que cada pessoa é inseparável de sua essência. 

Portanto, se o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus, então, a não ser que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três declinações distintas, eles devem ser três Essências distintas, e conseqüentemente, três Deuses distintos. Outrossim, as três Pessoas Divinas ou são infinitas ou finitas. Se infinitas, então existem três Infinitos distintos, três Onipotentes, três Eternos, e, portanto, três Deuses. Se eles são finitos, então somos levados ao absurdo de conceber um Ser Infinito como tendo três modos finitos de subsistência ou três seres que são separadamente finitos que conjuntamente formam um infinito. O fato é que se os Três seres são finitos, então nem o Pai, nem o Filho, nem mesmo o Espírito Santo é Deus.

O CONCÍLIO DE NICÉIA

Em 325 D.C é realizado o Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia  (nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor), na Turquia asiática. A Turquia é um país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus (285 – 337 D.Cfilho de Constâncio I.). Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália (atual França) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano.

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Iznik antiga Nicéia na Turquia

Desde Lúcio Domício Aureliano (270 – 275 D.C os Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano a seus “direitos divinos”, em 274). Porém, Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo, não é difícil perceber Constantino como um grande estrategista. Com relação ao SOL INVICTUS não se esqueçam do formato da hóstia católica.

Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários (10% da população do império), os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império: Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.

E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a mesma entidade existente) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; a distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.

Com a subida da Igreja ao poder, o que é uma contradição, discussões doutrinárias passaram a ser tratadas como questões de Estado. E na controvérsia ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina. Caberia uma profunda artimanha política.

O Concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns seguidores, em especial Eusébio, de Nicomédia; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos: Alexandre, de Alexandria; Eustáquio, de Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt (Bichvinta, reino de Egrisi). O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias: Marcus, da Calabria (Itália); Cecilian, de Cartago (África); Hosius, de Córdova (Espanha); Nicasius, de Dijon (França) e Domnus, de Stridon (Província do Danúbio). Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse.

As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindo provavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo. O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte, algo estranho ao ideal cristão, no entanto adotado pelo catolicismo romano posteriormente.

Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egito foram expulsos devido à sua oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Ário. Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo (O "Credo da Dedicação") em, 341, para substituir o de Nicéia. (…) E em 357, um Concílio em Smirna adotou um credo autenticamente ariano, de certa forma o assunto passou a ser muito mais filosófico que de ordem religiosa e a Igreja Católica precisou sustentar seus intentos com seus grandes filósofos-teólogos, dentre muitos Tomás de Aquino.

Portanto, as orientações de Constantino nessa etapa foram decisivas para que o Concílio promulgasse o credo de Nicéia, ou a Divindade de Cristo, em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqüente instituição da Santíssima Trindade e a mais discutida, ainda, a instituição do Espírito Santo, o que redundou em interpolações e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bíblia às decisões do conturbado Concílio e outros, como o de Constantinopla, em 38l, cujo objetivo foi confirmar as decisões daquele, era a tentativa de sustentar o insustentável e aos poucos a igreja se tornava política em seus ideais.

A concepção da Trindade, tão obscura, tão incompreensível, oferecia grande vantagem às pretensões da Igreja. Permitia-lhe fazer de Jesus Cristo um Deus. Conferia a Jesus, que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a própria Igreja católica e assegurava o seu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratégia revela o segredo da adoção trinitária pelo concílio de Nicéia.

Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo: “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno! Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano, por isso quando protestantes combatem o poderio teológico católico, estão de pleno acordo doutrinário em seu ponto mais delgado, a divindade.

Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu (depois de ser batizado por um bispo arianista), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio, de fato era a contradição estabelecida de uma vez.

Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 d.C o imperador Teodósio ( um trinitarista ) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas bispos trinitários foram convidados a participar. Cento e cinquenta bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Com a exclusiva participação dos citados bispos, a Trindade foi imposta a todos como "mais uma verdade teológica da igreja". E os bispos, que não apoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados, impunha-se o dogma, ou seja, uma “verdade não possível de ser comprovada” temos uma definição simplificada do que vem a ser um dogma.

Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade "pegasse". A política do governo e da Igreja foram as razões que levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue.
As Igrejas Cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro Imperador Cristão, mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte. Hoje é santo reconhecido.

OBS: Em 313 d.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de uma nova Religião para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difusão do Cristianismo, apoderou-se dessa Religião e modificou-a, conforme seus interesses. Alguns anos depois, em 325 D.Cno Concílio de Nicéia, é fundada, oficialmente, a Igreja Católica…

Há que se ressaltar que, "Igreja" na época de Jesus, não era a "Igreja" que entendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta à outra veremos que a palavra «Igreja», no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles é mencionada exceto por aproximação e apenas três vezes em dois versículos no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklêsia, significa simplesmente «assembléia de convocados», neste caso a comunidade dos seguidores da doutrina de Jesus, ou a sua reunião num local, geralmente em casas particulares onde se liam as cartas e as mensagens dos apóstolos. Sabemo-lo pelo testemunho de outros textos do Novo Testamento, já que os Evangelhos a esse respeito são omissos. Veja-se, por exemplo, a epístola aos Romanos (16, 5) onde Paulo cita o agrupamento (ekklesia) que se reunia na residência dum casal de tecelões, Áquila e Priscila, ou a epístola a Filémon (1, 2) onde o mesmo Paulo saúda a ekklesia que se reunia em casa do dito Filémon; num dos casos, como lemos na epístola de Tiago (2, 2), essa congregação cristã é designada por «sinagoga». Nada disto tem a ver, portanto, com a imponente Igreja católica enquanto instituição formal estruturada e oficializada, sobretudo a partir do Concílio de Nicéia, presidido pelo Imperador Constantino, mais de 300 anos após a morte de Cristo. Também com o protestantismo advindo do luteranismo e calvinismo e principalmente do metodismo de John Wesley e George Whitefield. 

Onde termina a IGREJA PRIMITIVA dos Atos dos Apóstolos e começa o Catolicismo Romano?

Quando Roma tornou-se o famoso império mundial, assimilaram no seu sistema os deuses e as religiões dos vários países pagãos que dominava. Com certeza, a Babilônia era a fonte do paganismo desses países, o que nos leva a constatar que a religião primitiva da Roma pagã não era outra senão o culto babilônico. No decorrer dos anos, os Líderes da época começaram a atribuir a si mesmos, o poder de "senhores do povo" de Deus, no lugar da Mensagem deixada por Cristo. Na época da Igreja Primitiva, os verdadeiros Cristãos eram jogados aos leões. Bastava se recusar a seguir os falsos ensinamentos e o castigo vinha a galope. O paganismo babilônico imperava a custa de vidas humanas. O que antes era perseguido com a institucionalização do sistema tornou-se perseguidor, era o poder mudando de lado.

No ano 323 D.C o Imperador Constantino professou conversão ao Cristianismo. As ordens imperiais foram espalhadas por todo o império: As perseguições deveriam cessar! Nesta época, a Igreja começou a receber grandes honrarias e poderes mundanos. Ao invés de ser separada do mundo, ela passou a ser parte ativa do sistema político que governava. Daí em diante, as misturas do paganismo com o Cristianismo foram crescendo, principalmente em Roma, dando origem ao Catolicismo Romano. O Concílio de Nicéia, na Ásia Menor, presidido por Constantino era composto pelos Bispos que eram nomeados pelo Imperador e por outros que eram nomeados por Líderes Religiosos das diversas comunidades. Tal Concílio consagrou oficialmente a designação "Católica" aplicada à Igreja organizada por Constantino: "Creio na igreja una, santa, católica e apostólica". Poderíamos até mesmo dizer que Constantino foi seu primeiro Papa. Como se vê claramente, a Igreja Católica não foi fundada por Pedro e está longe de ser a Igreja primitiva dos Apóstolos, conforme crença hodierna e crida hoje. 

 Em resumo: Por influência dos imperadores Constantino e Teodósio, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e entrou no desvio. Institucionalizou-se; surgiu o profissionalismo religioso; práticas exteriores do paganismo foram assimiladas; criaram-se ritos e rezas, ofícios e oficiantes. Toda uma estrutura teológica foi montada para atender às pretensões absolutistas da casta sacerdotal dominante, que se impunha aos fiéis com a draconiana afirmação: "Fora da Igreja não há salvação", a tradição passou a ser também um dogma.

 Além disso, Constantino queria um Império unido e forte, sem dissensões. Para manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a ditadura religiosa, as autoridades eclesiásticas romanas deviam manter a ignorância sobre as filosofias e Escrituras. A mesma Bíblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas, mas, também, um Deus forte, para se opor ao próprio Jeová dos Hebreus, ao Buda, aos poderosos deuses do Olimpo. Era necessário trazer a Divindade Arcaica Oriental, misturada às fábulas com as antigas histórias de Moisés, Elias, Isaías etc., onde colocaram Jesus, não mais como Messias ou Cristo, mas, maliciosamente, colocaram Jesus parafraseado de divindade no lugar de Jezeu Cristna, a segunda pessoa da trindade arcaica do Hinduísmo, uma vez que Constantino era fortemente politeísta.

 Nesse quadro de ambições e privilégios, não havia lugar para uma doutrina que exalta a responsabilidade individual e ensina que o nosso futuro está condicionado ao empenho da renovação interior e não à simples adesão e submissão incondicional aos Dogmas de uma Igreja, os quais, para uma perfeita assimilação, era necessário admitir a quintessência da teologia: "Credo quia absurdum", ou seja, "Acredito mesmo que seja absurdo", criada por Tertuliano ( 155-220 ), apologista Cristão, algo como uma mentira repetida várias vezes acaba por ser crida como verdade e não questionada, torna-se absoluta. 

Disso tudo deveria nascer uma religião forte como servia ao império romano. Veio ainda a ser criados o simbolismo da Sagrada Família e de todos os Santos, mas as verdades do real cânone do Novo Testamento e parte das Sagradas Escrituras deviam ser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Sócrates e outras Filosofias contrárias aos interesses da Igreja que nascia, coube aos teólogos católicos prepararem o terreno teórico que sustentasse tudo. 

 Esta lógica foi adotada pelas forças clericais mancomunadas com a política romana, que precisava desta religião, forte o bastante, para impor-se aos povos conquistados e reprimidos por Roma, para assegurar-se nas regiões invadidas, onde dominava as terras, mas não o espírito dos povos ocupados. Em troca, o Cristianismo ganhava a Universalidade, pois queria se tornar "A Religião Imperial Católica Apostólica Romana", a Toda Poderosa, que vinha a ser sustentada pela força, ao mesmo tempo em que simulava a graça divina, recomendando o arrependimento e perdão, mas que na prática derrotava seus inimigos a golpes de espada. Graças a Constantino e seu politeísmo temos a tentativa da doutrina trinitariana absorvida pelos católicos e também pelos protestantes. Estão unidos.

Então não era da tolerância pregada pelo Cristianismo que Constantino precisava, mas de uma religião autoritária, rígida, sem evasivas, de longo alcance, com raízes profundas no passado e uma promessa inflexível no futuro, estabelecida mediante poderes, leis e costumes terrenos.

Para isso, Constantino devia adaptar a Religião do Carpinteiro, dando-lhes origens divinas e assim impressionaria mais o povo o qual sabendo que Jesus era reconhecido como o próprio Deus na nova religião que nascia, haveria facilidade de impor a sua estrutura hierárquica, seu regime monárquico imperial, e assim os seus poderes ganhariam amplos limites, quase inatingíveis. Eis a figura papal idealizada por Constantino.

Quando Constantino morreu, em 337, foi batizado e enterrado na consideração de que ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na iconografia eclesiástica veio a ser representado recebendo a coroa das mãos de Deus.

CREDO DE NICÉIA

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substancia com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se fez homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente virá para julgar os vivos e os mortos. Cremos no Espírito Santo. E a todos que dizem: Ele era quando não era, e Antes de nascer, ele não era, ou que foi feito do não existente, bem como aqueles que  alegam  ser o Filho de Deus de outra substância ou essência, ou feito, ou mutável, ou alterável a todos esses a Igreja Católica e Apostólica anatematiza.

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A Hóstia e o formato do Sol

Algumas explicações sobre a adoração ao Sol e o catolicismo.

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Quem presidiu o Concílio de Nicéia pela igreja foi o papa Sivestre I, papa entre 314 e 335. Em uma de suas mirabolantes inventivas decretou que os dias da semana terminassem em FEIRA, palavra que vem do Latim FERIA que significa COMEMORAÇÃO. Aparentemente, o papa queria tornar todos os dias santos, de festa religiosa, portanto. Ele dividiu a semana da seguinte maneira: FERIA PRIMA, FERIA SECUNDA, FERIA TERTIA, FERIA QUARTA, FERIA QUINTA, FERIA SEXTA E FERIA SEPTIMA. Feria Prima era o dia da ressurreição de Jesus Cristo, que vinha sendo chamado desde o século I de DOMINICUS DIES (Dia do Senhor). Não funcionou, o Domingo prevaleceu e o Sábado também. Somente a língua portuguesa manteve a idéia com relação aos outros dias. Mais uma vez a influência babilônica prevalece e os dias da semana em outros idiomas homenageiam os sete corpos celestes; Sol, Lua, Martes, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno. Vejamos:

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Na língua saxã, Tiw, Wonden, Thor e Friga eram respectivamente os deuses Marte, Mercúrio, Júpiter e Vênus. Em hindu, o dia da semana é designado como vâra, que por isso também significa o número 7. 

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No próximo artigo mostrarei biblicamente e através de fontes históricas que o Batismo é em Nome do Senhor Jesus Cristo, uma vez que não há Trindade pluralista não há Três personalidades e/ou pessoas na Divindade. Antes quero mencionar uma observação feita pelo maior historiador do século XX e um dos mais conceituados de todos os tempos Will Durant, em sua monumental obra A HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO, no terceiro livro CAESAR AND CHRIST, página 465, Cap. XXVII  :

“O Cristianismo não destruiu o paganismo; adotou-o. O moribundo espírito grego ressurgiu na teologia e liturgia da Igreja; a língua grega, depois de reinar durante séculos sobre a filosofia, tornou-se o veículo da literatura e do ritual cristão; os mistérios gregos passaram-se para os mistérios da missa. Outras culturas pagãs também contribuíram para esse sincretismo. Do Egito vieram as idéias da divina Trindade, do Juízo Final e da imortalidade pessoal com recompensas e castigos; também de lá vieram a adoração da Mãe e do Filho e a mística teosofia que produziu o neoplatonismo e o gnosticismo e obscureceu o credo cristão; e de lá ainda os germes do monasticismo cristão”.

Recomendo esta obra para os teólogos protestantes, verão que os dogmas repudiados pelo protestantismo em seu primeiro momento com Lutero, foram gradativamente absorvidos pelos evangélicos em todas as suas ramificações. Não basta dizer que o catolicismo romano é um distanciamento das verdades bíblicas. Em Apocalipse 18:4 está escrito: “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para não incorras nas suas pragas”. 

O Cristianismo verdadeiro não tem nada que o una com o catolicismo, reservei as Escrituras que citarei no próximo artigo, inclusive com a visão do povo Judaico sobre a Trindade e o politeísmo. Não há interesse deste articulista em especular, senão informar.

O batismo em Nome do Senhor Jesus é evidente e Bíblico, assim como o Lava-pés e a Santa Ceia. Falaremos mais a respeito posteriormente. Deixo uma lei da Hermenêutica que é tão usada pelos protestantes. UMA DOUTRINA PARA SER RECONHECIDA COMO TAL É NECESSÁRIO QUE HAJA A ORDENANÇA E O CUMPRIMENTO. Mostrem-me um batismo em nome da trindade na Bíblia, os que crêem nela. 

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CAESAR AND CHRIST por WILL DURANT (3º volume esquerda para direita)

 

Irmão Sérgio Ricardo

 

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Biblioteca do irmão Branham

 

 

 

 

 

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